Laurent Fabius apresenta documento final da COP21: 'acordo é
necessário para o mundo inteiro'
Redação | São Paulo - 12/12/2015 - 10h43
Delegados dos 195 países terão três horas para analisar
texto de 27 páginas antes de serem convocados para votação no plenário
O
presidente da Conferência do Clima de Paris (COP21) e ministro francês das
Relações Exteriores, Laurent Fabius, apresentou na manhã deste sábado (12/12) a
resolução do acordo global de luta contra as mudanças climáticas. O texto, que
deveria ter sido entregue na sexta-feira (11/12), será votado pelos 195 países
participantes nesta tarde.
Ao
lado do ministro estava o presidente da França, François Hollande, e o
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que havia classificado a COP21
como a conferência mais “complicada e difícil” de todas as conferências que ele
já presenciou.
Agência Efe
Ao lado de François Hollande e Ban Ki-moon, Laurent Fabius
apresenta resolução final da COP21
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“O acordo que apresentamos é necessário para o mundo inteiro
e para cada um de nossos países”, disse Fabius. Ele ressaltou ainda a
“responsabilidade histórica” da conferência, garantindo que, se a cúpula
fracassar, não haverá maneira de “reconstruir a esperança”.
O
presidente da COP21 relembrou o caso da COP15, realizada em Copenhague, na
Dinamarca, quando foi escrito apenas um texto mínimo que acabou não sendo
aprovado por unanimidade pelos 193 países que participavam da cúpula. A
aprovação por unanimidade é obrigatória para que o documento final se tranforme
em resolução das Nações Unidas.
Com
nova versão de documento final, COP21 sinaliza possibilidade de acordo para
impedir aquecimento global
Proposta
do Brasil na COP21 foi formulada pensando no governo, não no povo brasileiro,
diz líder indígena
COP21
é 'mais complicada e difícil' de todas as conferências que já presenciei, diz
Ban Ki-moon
Objetivo
da conferência
O
objetivo central da COP21 é impedir que a temperatura média da Terra suba mais
de 2oC. O ideal, contudo, é limitar o aumento a 1,5oC.
Para
tanto haverá uma revisão das metas nacionais voluntárias de redução das
emissões de gases de efeito estufa e descarbonização a longo prazo a cada cinco
anos com o intuito de atingir a meta proposta.
A
resolução também fixa como piso para o financiamento climático um mínimo de US$
100 bilhões (R$ 380 bi, aproximadamente) anuais a partir de 2020. O valor será
recalculado em 2025.
Agência
Efe
"Adeus
combustíveis fósseis", população se manifesta a favor de mudanças nos
acordo climáticos
Para
atingir o objetivo, os países também deverão “ajudar a proteger os pequenos
Estados insulanos do aumento do nível do mar, apoiar tecnologicamente o
desenvolvimento da África, ajudar a América Latina a proteger suas florestas,
assistir os países petroleiros na diversificação do modelo energético e criar
resiliência para todos”, explicou Fabius.
De
acordo com o ministro, trata-se de um pacto “imprescindível para garantir a
segurança alimentar, a saúde pública, os direitos fundamentais e a paz”.
Fabius
ainda apontou que o acordo “é o mais equitativo possível”. Ele deu três horas
para que os delegados de cada governo analisem as 27 páginas do texto antes de
se reunirem uma última vez no plenário para a votação do documento.
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