Um mapa-múndi das águas subterrâneas
Redação do Site
Inovação Tecnológica - 17/11/2015
Este é o primeiro mapa-múndi das águas subterrâneas.[Imagem: Karyn
Ho]
Mapa-múndi das águas subterrâneas
Pela primeira vez desde que um cálculo do volume mundial das águas subterrâneas foi tentado na década de 1970, um grupo internacional de hidrólogos produziu a primeira estimativa das reservas totais de águas subterrâneas da Terra.
Com a crescente demanda global por
água - especialmente tendo em vista as mudanças climáticas - este estudo
fornece informações importantes para os gestores de recursos hídricos e
desenvolvedores de políticas, bem como para pesquisas de campo, na hidrologia,
ciência atmosférica, geoquímica e oceanografia.
A equipe, liderada por Tom
Gleeson, da Universidade de Vitória, no Canadá, usou vários conjuntos de dados
(incluindo dados de perto de um milhão de bacias hidrográficas) e mais de
40.000 modelos de águas subterrâneas para compor o mapa-múndi das águas subterrâneas.
Os cálculos estimam um volume
total de cerca de 23 milhões de quilômetros cúbicos de água subterrânea - muito
próximo da estimativa feita há 40 anos.
Para comparação, se fosse possível
retirar essa água e depositá-la sobre a parte seca da Terra, ela poderia
produzir um dilúvio que cobriria todos os continentes com uma profundidade de
180 metros - ou poderia elevar os níveis do mar em 52 metros se fosse espalhada
sobre o globo inteiro.
Idade das águas
Do total das águas subterrâneas da
Terra, apenas cerca de 0,35 milhão de quilômetros cúbicos é mais jovem do que
50 anos de idade.
Essa fração de "água
jovem" recarrega-se através das chuvas e dos cursos d'água em uma escala
temporal de algumas décadas, representando assim a parte potencialmente
renovável das águas subterrâneas. Segundo Gleeson, as águas mais profundas são
salgadas demais, isoladas e estagnadas, e deveriam ser vistas como recursos
não-renováveis.
O volume da água subterrânea
moderna supera todos os outros componentes do ciclo hidrológico ativo e é um
recurso renovável. Contudo, como está mais perto das águas de superfície e se
move mais rapidamente do que as águas subterrâneas antigas, ela é também mais
vulnerável às alterações climáticas e à contaminação por atividades humanas.
Bibliografia:
The global volume and distribution of modern groundwater
Tom Gleeson, Kevin M. Befus, Scott Jasechko, Elco Luijendijk, M. Bayani Cardenas
Nature Geoscience
Vol.: Published online
The global volume and distribution of modern groundwater
Tom Gleeson, Kevin M. Befus, Scott Jasechko, Elco Luijendijk, M. Bayani Cardenas
Nature Geoscience
Vol.: Published online
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