Supressão vegetal


O MITO DA MADEIRA DE SUPRESSÃO VEGETAL






A VALE manda arrancar a floresta da superfície porque o que a interessa é o subsolo. Ora, na superfície estão as arvores, os bichos, lagos, rios e pássaros. Ao suprimir a floresta, toda a sua encomenda vai para o beleléu. 

E não adianta falar que recolhe cobras, aranhas, veados, macacos porque moramos aqui e sabemos que não. Em mais de vinte a nos de exploração onde estão tantos bichos?

Para onde foram as águas, os pássaros? Se os seres humanos que conhecemos aqui e amamos se foram para longe quando o projeto se estabilizou, quanto mais as árvores e a bicharada.

Adeus ecossistema, adeus ambiente. Ficou e ficara um buraco, maior que o mundo.

E os troncos das madeiras, cortadas ou suprimidas como se diz. Essa madeira jaz aos montes, apodrecendo ou a VALE a distribuindo como quer.

Lutamos para que essa madeira desça a serra. Que vire empregos e renda aqui em Parauapebas, a destruição está feita, nada se recupera. Os dólares do estrago entrarão em contas estrangeiras, bem longe daqui.

Mas há anos que a burocracia, nossos recursos e limitações, o total desencontro entre todos os agentes que deveriam patrocinar o desenvolvimento local, criam toda sorte de dificuldades e barreiras: ora é a prefeitura, o dam, a secretaria municipal do meio ambiente, a Vale, a secretaria estadual do meio ambiente, o Ibama... Sempre tem alguém que não quer ou permite aproveitarmos essa madeira e deixam-na apodrecer. Madeiras nobres e madeira de lenha. Mas sabemos separar e nada será perdido.

As fotos falam. E não é só madeira que está a perder em todas as áreas de supressão da VALE. Há sobras de minérios, de comida, de plástico, de equipamentos. Tudo amontoado no seio da floresta.

Vimos os acontecimentos de Mariana, nada foi resolvido e o gigantesco e longo Rio Doce, morto. Todos que subiram para ver o que a VALE faz com seus rejeitos localmente, testemunharam que está tudo bem. É temerário, ninguém questionou, fez recomendação...

Mas queremos a madeira. Precisamos da madeira de supressão da VALE que esta jogada, apodrecendo ou saindo em carradas para onde ninguém sabe.

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